Postagens

Mostrando postagens de abril, 2021

O Dilema da Informação.

Imagem
Não foi a primeira – nem a última vez – que uma situação como essa acontecia. A empresa me contratou para fazer um mapeamento de cenários futuros para os seus executivos. Objetivo era ajudá-los a entender quais eram as tendências no mundo da ciência, da tecnologia e em outras áreas do conhecimento humano que têm o potencial de transformar o mundo em que vivemos – e reinventar os nossos negócios no processo. A sua ambição era de tornar sua organização à prova de futuro – ou “future proof”, como gostam de dizer na gringa – e prepará-la para agir de forma proativa e não reativa na construção da sua jornada em direção ao amanhã. Depois de muita pesquisa e alinhamento com a equipe responsável pelo projeto, chega o dia da apresentação – a minha parte favorita do processo porque é a hora em que você consegue sentir o pulso das pessoas envolvidas se acelerando e os seus olhos se abrindo. É a hora que a informação se transforma em questionamentos e reflexões. A sessão de perguntas e respostas c

Afinal, precisamos de um Dia Internacional da Mulher?

Imagem
  Precisamos acabar com o Dia Internacional da Mulher. Como é que, em 2021, ainda precisamos de um dia para motivar a luta pelos direitos das mulheres? É absurdo que razões para que o Dia Internacional da Mulher exista estejam tão presentes na nossa sociedade em pleno século XXI! É absurdo que mulheres ganhem menos do que homens, ocupem menos posições de liderança e demorem muito mais – e precisem alcançar muito mais – para evoluir nas suas carreiras. É um absurdo que elas tenham que viver uma dupla jornada. É ainda mais absurdo que elas tenham dificuldade de acesso à educação e direito sobre seus corpos e sobre os seus destinos. Por isso, precisamos acabar com essa data. E a melhor maneira de fazer isso é as que as razões para que ela exista deixem de estar presentes. É torná-la obsoleta. Isso já está acontecendo: mundo está mudando, mas não rápido o suficiente. Só para se ter uma ideia, segundo a Goldman Sachs, no ritmo atual vamos precisar de 100 anos para que os salários das mulher